segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Idéia de semântica pelo fato de expressar dois ou mais sentidos, sendo polissêmico.

Anúncio Semântico


O anúncio:
O tema é eleição, e a partir dele foi criado um texto abordando palavras da mesma constelação semântica (palavras e expressões pertencentes ao mesmo universo linguístico), conhecido como gancho natural.
As palavras são: corrige (na imagem), confirma (e), anule e branco. Os verbos e o substantivo usados no texto estão ligados ao tema: eleição.

Fonte:http://discutindoaredacao.wordpress.com/

Publicidade e Semântica

 

A semântica é integrada em diversos anúncios publicitários,
sendo empregada com seus variados significados, sentidos e costumes.
o anúncio acima retrata o sentido de usar a saia, o saia dá a idéia da roupa e de sair de dia, de noite e de si!!
(Texto: Hellen Soares)

Fonte imagem: http://www.vestibulandoweb.com.br/portugues/prova-resolvida-ufv-2010-discursiva.asp

Painel Semântico

Semântica Parte 1/3

Semântica Parte 2/3

Semântica Parte 3/3

O Nascimento da Semântica

Gustaf Stern
         
          A linha divisória existente no estudo da linguagem surgiu no século XIX, até esse período, os estudos de compreensão linguística só ocorriam sob a égide das distinções vocabulares de maneira dispersa, a partir do processo diacrônico. A grande mudança ocorreu com as ideias dicotômicas de Ferdinand de Saussure (1857 - 1913), linguista suíço, cujas ideias estruturalistas influenciariam para o desenvolvimento da teoria linguística. De início, o linguista trabalhava a filologia e, mais tarde, partiu para a linguística geral. Das anotações de alguns de seus melhores alunos surgiu o Curso de Linguística Geral em 1916, publicado postumamente. Com ele, os estudos diacrônicos deram lugar aos estudos sincrônicos, afetando, além da linguística, as pesquisas de cunho antropológico, histórico e de crítica literária.


     A partir daí nunca mais se parou de estudar semântica. Em 1921, o fonólogo francêsLéonce Roudet (1861 - 1935) passou a trabalhar com base na linguística psicológica as evoluções semânticas. Gustaf Stern, em 1931, distinguiu as mudanças externas das linguísticas. Jost Trier idealizou a ideia do "Campo Semântico", estabelecendo ligações entre o plano dos conceitos e o da expressão no intuito de facilitar a compreensão entre as relações de significante e significado. Os estudos prosseguem até a fase do Estruturalismo clássico proposto pelo linguista húngaro Stephan Ulmann (1914 - 1976), que distinguia a natureza e a causa semânticas a partir das relações de sentido e os efeitos quanti-qualitativos que ele possuía.
      No início dos anos 1950, um linguista e pedagogo americano chamado Noam Chomsky (1928 -) fundou a gramática gerativo-transformacional, um sistema que revolucionou a linguística moderna. Para ele, as pessoas de conhecimentos inconscientes já possuem o seu próprio idioma e, depois disso, o linguista francês Oswald Ducrot (1930 - ) brilhantemente faz os estudiosos considerarem que nenhum sentido se adquire fora do contexto.


         Um exemplo é a  Semântica lexical é uma das muitas vertentes relativas aos estudos de sentido. Esta teoria, que faz parte da semântica estruturalista, se vale da linguagem e não do mundo real, como preconiza Saussure. Desta feita, as palavras são definidas através da relação que possuem umas com outras, estabelecendo sentido, possibilitando significações. Vale também mencionar as contribuições embrionárias de Frege, que em 1978 trouxe a questão do significado para uma abordagem em interface com a lógica. Frege ligou o significado da sentença às condições de verdade, mas sem deixar de se preocupar com o significado lexical de maneira isolada, ou seja, atribuindo valores do que é pressuposto ou subentendido nas orações a partir das marcas linguísticas existentes na sentença.

O trabalho com a semântica lexical requer o conhecimento de uma nomenclatura particular.
A lexia é uma unidade lexical memorizada, que pode ser simples, como livro, caderno, lápis; composta, como primeiro-ministro, guarda-chuva, mesa-redonda; complexa, como estado de sítio, mortalidade infantil, Cidade Universitária; e textual, como em expressões proverbiais do tipo "quem tudo quer, tudo perde".

          Conforme mencionado anteriormente, a lexia se compõe de vocábulos, cuja natureza de elementos que a compõe é chamada de morfema. Esse morfema possui duas caracterizações, um lexema, como unidade constitutiva de significados e um ou mais gramemas, que são os indicadores de função. No caso da lexia cunhado, o lexema é cunhade o gramema de gênero é o.
Os morfemas lexicais pertencem a um inventário fechado e pouco extenso. Sua significação é, pois, nomeada de semema. Estes, por sua vez, possuem três grupos, os específicos (distinguem o que é mais próximo), os genéricos(indicam a classe gramatical) e os virtuais (existem na consciência do falante).
No campo das relações entre as lexias, o linguista inglês John Lyons (1932 -) propõe o seguinte esquema: 
1) Relações semânticas: hierarquia, inclusão, equivalência, oposição. 
2) Relações fonéticas e gráficas: homonímia, homofonia, homografia e paronímia.


O Novo Jornalismo e as mudanças no trabalho do jornalista:Uma Abordagem Discursiva

Marília Giselda Rodrigues
Grupo Atelier/LAEL PUC-SP/CNPq

O jornalismo impresso passa por um período de grandes transformações, decorrentes do desenvolvimento de novas tecnologias de informação e comunicação. Além do encurtamento do tempo de produção de notícias, o jornalista agora deve produzir para diferentes plataformas (impressa e digital em diferentes suportes), o que significa aumento do volume de trabalho. Ao mesmo tempo, o jornalista e o jornalismo tradicionais perdem a primazia na produção de notícias e concorrem com múltiplas possibilidades de comunicação e novos atores. O jornalismo moderno do século XX, que já fora o “novo jornalismo”, passa a ser chamado a “velha mídia” e precisa então se reinventar. Para a elaboração de meu projeto de pesquisa de doutorado, em andamento, debrucei-me inicialmente sobre um conjunto de textos que versam sobre o fim do jornalismo, tomados como um sinal (GINZBURG, 1986/1991) de mudanças significativas. Essa análise preliminar permitiu a construção de um espaço discursivo em que dois discursos – o do jornalismo tradicional e o do “novíssimo” jornalismo – disputam a legitimidade de um papel na sociedade, e a formulação de uma pergunta-problema de pesquisa: como se constitui, a partir de uma relação interdiscursiva com outro discurso que o precede, um novo discurso jornalístico, e quais seriam suas características, ou suas matrizes semânticas? Os pressupostos teóricos são os da Análise do Discurso francesa, sobretudo os estudos de Dominique Maingueneau, que têm em Gênese dos Discursos (1984/2007) seu marco de singularidade. O tratamento dos discursos se dá a partir da noção de uma semântica global, em que as mesmas determinações de uma dada formação discursiva explicam as práticas dos adeptos de um discurso, advindas de diferentes domínios semióticos, seu ethos, a organização das comunidades discursivas, a intertextualidade e os modos de coesão dos discursos, os gêneros possíveis e os temas tratados, enfim, o caráter global dessa semântica restringe simultaneamente o conjunto dos planos discursivos e todos os domínios da discursividade, não somente o enunciado, mas também a enunciação, e mesmo, além dela, as instituições, os modos de organização dos homens, submetidos ao mesmo processo de estruturação que os discursos correspondentes. Se o trabalho dos jornalistas é ser o mediador das diversas falas que se entrecruzam no espaço público, produzindo discursos e colocando-os em circulação, então mudanças no trabalho devem afetar também tais discursos, uma vez que se trata de ação empírica que deixa rastros no produto final. Trata-se daquilo que Maingueneau (1984/2007, p. 140) denomina “ritos genéticos”, o conjunto de atos realizados por um sujeito em vias de produzir um

VI JEL UERJ
02 a 04dez2010
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enunciado, uma noção mais ampla que a de pré-texto (anotações, gravações, rascunhos etc), já que inclui também comportamentos não escriturais, e que são inseparáveis do discurso, portanto ligados a um mesmo sistema de restrições semânticas. Assim, o objetivo da pesquisa é conhecer, ao mesmo tempo, o trabalho do jornalista em momento de transformações na atividade, e o sistema de boa formação semântica que estrutura o novo jornalismo que ora se constitui. Para isso foi necessário recorrer também à Ergologia, disciplina do trabalho, que o entende como atividade humana que nutre e cruze todas as demais esferas da vida (SCHWARTZ, 2000, 2007). Parte do corpus da pesquisa vem se produzindo em campo, com observação e entrevistas na redação da Folha de S. Paulo. Aqui, apresento uma breve análise de outro conjunto do corpus, em que comparo exemplares do jornal antes e depois de reforma apresentada em maio de 2010. É possível apreender algumas restrições semânticas do “velho” e do “novíssimo” jornalismo, diferenças e relações entre duas práticas discursivas. O ideal de objetividade e neutralidade, sempre tão caro aos jornalistas, parece ser substituído, ainda que lentamente, pela possibilidade de assumir uma posição e uma intimidade maior com os leitores.

Palavras-chave: Linguagem e trabalho; discurso e enunciação; semântica global; Ergologia; Jornalismo.

Referências Bibliográficas

GINZBURG, C. (1986) Sinais: raízes de um paradigma indiciário. In: _____ C. Mitos, emblemas, sinais: morfologia e história. Trad. Federico Carotti. São Paulo: Companhia da Letras, 1991, p. 143-277.

MAINGUENEAU, D. (1984) Gênese dos discursos. Trad. Sírio Possenti. 1ª reimpressão. Curitiba: Criar Edições, 2007.

SCHWARTZ, Y. Trabalho e uso de si. In: Revista Pro-posições. UNICAMP. vol. 11. Julho-2000, p. 34-50.
http://www.pgletras.uerj.br/linguistica/jel/2010/resumos/VIJELUERJ_SC_X_R01.pdf

Web Semântica e sua contribuição para o jornalismo

A Web Semântica, também conhecida como Web 3.0, se propõe a organizar a vasta quantidade de informações disponíveis na Web, inclusive na forma de dados, tornando-a inteligente ao ponto de que os sistemas computacionais possam diferenciar conteúdos e oferecer ao usuário o que ele realmente deseja.
Proposta em um artigo escrito por Tim Berners-Lee, criador da WWW, James Hendler e Ora Lassila, para a revista Scientific American, em 2001, a Web Semântica é uma variação da Web atual, chamada de sintática e que, segundo Lee, é uma Web onde as informações chegam de diversos lugares e não possuem uma estrutura clara, o que torna dificultoso o processo de indexação pelos sistemas de busca e impossibilita a comunicação entre aplicativos.

De acordo com Lee, a Web Semântica foi concebida com a finalidade de atribuir valor semântico aos dados, possibilitando aos agentes inteligentes – máquinas responsáveis por buscar informações na Web – reuni-las de maneira contextualizada, levando em conta os interesses do usuário.
Embora a Web já tenha nascido com esse propósito, devido às limitações de tags proporcionadas pela linguagem HTML (Linguagem de Marcação de Texto, na sigla em inglês), que não oferece uma delimitação precisa de cada parte do conteúdo, dar significado real a cada termo tornou-se impossível.
As tags utilizadas em HTML como a “h” (cabeçalho) e a “p” (parágrafo), simplesmente dizem ao navegador que formatação ele deve dar a determinado conteúdo e os buscadores, por sua vez, dão mais relevância a determinada linha de código que outra, contribuindo para a indexação das informações.

A pesquisa na Web

Quantos de nós, ao procurarmos um termo em um buscador, não nos deparamos com vários resultados inúteis; que apontam para sites que sequer tem relação com o conteúdo que procuramos? Com documentos e dados distribuídos em uma estrutura semântica, os agentes inteligentes retornariam resultados que estariam realmente dentro do contexto daquilo que procuramos.

A estrutura semântica é possibilitada pelo uso da ontologia, modelo de dados responsável por apresentar um conjunto de conceitos dentro de um domínio.
Através da ontologia, existe a possibilidade de relacionarmos termos uns aos outros, inclusive seus objetos e características. Isso é possível ao utilizarmos linguagens como o XML (Linguagem de Marcação Extensível, na sigla em inglês), presente, por exemplo, em protocolos RSS (Agregação Realmente Simples, em tradução livre).

O RSS como ferramenta de pesquisa jornalística

O RSS, utilizado em larga escala por portais noticiosos, é um subconjunto da linguagem XML, que permite ao usuário, através de programas chamados agregadores, receber informações sobre a publicação de novas matérias.

Esses sites disponibilizam um endereço que contém as informações em XML. Ao adicionar esse endereço num programa agregador, o usuário passa a receber avisos sempre que um novo conteúdo for publicado.

Já reparou no canto superior direito aqui do blog? Pois é, você pode se tornar assinante do Risoto e receber um aviso sempre que um novo post for publicado. Basta inscrever o endereço no seu agregador favorito.

A organização da informação baseada na ontologia facilita, inclusive, o trabalho de jornalistas que atuam com o meio on-line como suporte. Com tanta informação estruturada de maneira contextualizada, fica significativamente mais fácil encontrar o que se procura.

Imagine um assessor de imprensa que tem como tarefa vasculhar diversos sites que tenham relação com o campo de atuação de sua empresa. Esse profissional teria que procurar informações em um buscador, eventualmente adicionar o endereço dos resultados que mais lhe agradassem no “Favoritos” do seu navegador e visitar frequentemente esses sites, a fim de obter informações.

Utilizando um agregador de RSS, as informações são atualizadas frequentemente e o usuário tem, em um só local, acesso ao conteúdo de diversos sites espalhados pela Web.

http://www.douglasteixeira.com.br/2010/07/12/a-web-semantica-e-sua-contribuicao-para-o-jornalismo/